A alma do Montanhista

A alma do Montanhista

"Os dias que estes homens passam nas montanhas são os dias em que realmente vivem. Quando as cabeças se limpam das teias de aranha e o sangue corre com força pelas veias. Quando os cinco sentidos recobram vitalidade o homem se torna mais sensível e, só então, pode ouvir as vozes da natureza e ver as belezas que só estão ao alcance dos mais ousados."


Reinhold Messner

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Descendo o Rio Sertãozinho rumo à cachoeira da Pedra Furada

Domingo 08 de agosto de 2010, dia dos pais, como o meu mora longe, eu não vou ter almoço em família, então o jeito é meter o pé na lama, assim fui para outro passeio na Serra do Mar, desta vez somente acompanhado pelo Tom. O caminho até lá já e bem conhecido, busão até a balança, de lá descemos até o KM 80 da Mogi Bertioga e logo, por volta das 09:30, avistamos a entrada da trilha a esquerda, uma área bem aberta com capim baixo e uma picada entrando mata adentro. A trilha é bem marcada, tem vários trechos com um pouco de lama e tem poucas bifurcações, seguimos sempre pegando a da direita, passamos por alguns riachos e em menos de uma hora já era possível escutar o forte barulho da água caindo pedra abaixo. Sempre que venho pela primeira vez a uma trilha acontece algo curioso, eu sinto que a natureza não mostra suas belezas sem algum esforço dos que as buscam e a trilha que parecia ser bem fácil, nos reservaria algumas surpresas, acontece que não achamos nenhuma picada confiável descendo sentido a cachoeira, como não conseguíamos vê-la e só ouvi-la, resolvemos seguir mais um pouco pela trilha, ver se teria alguma entrada para ela mais a frente e após nos distanciarmos quase um quilometro da origem do som da água batendo na pedra, só teríamos duas opções: voltar ou procurar outro caminho, decidimos pela aventura, tocamos para a direita sentido ao rio. Chegando a este belo rio e lanchamos, como estava calor e já que estávamos afim de adrenalina resolvemos descer até a cachoeira por suas pedras. Rio abaixo parte, pela água, parte pelas pedras, chegamos a parte de cima da cachoeira por volta das 14:00, procuramos a saída para a trilha, investigamos como descer e achamos o grampo do rapel, tudo certo, tudo conferido, era hora de diversão. Fizemos rapel, tiramos fotos, lanchamos e falamos bobagens e as 15:30 decidimos que era hora da ir embora. Voltamos por uma subida por o que parecia ser uma trilha e seguia em direção a trilha que fizemos na vinda, mas esta logo fechou tanto que não seria possível continuar a seguir em frente, tudo bem traçamos com o GPS uma nova rota por uma parte mais aberta da mata e após alguns minutos de tensão estávamos na trilha só faltava o GPS pegar sinal novamente e confirmar que estávamos na direção certa, o que ocorreu uns minutos depois, daí em diante já era caminho conhecido e aos poucos íamos notando coisas que havíamos visto na vinda. Um pouco mais cansados a volta foi mais demorada, só chegamos ao ponto de ônibus as 18:20 e tivemos que ficar esperando até as 19:00,quando tomamos um ônibus, era o final de mais um passeio feliz e revigorante na Serra do Mar.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

APOIANDO O: "ABETA e a Escalada - Diga Não"

Há o ditado que 'somente descobrimos os verdadeiros amigos nas dificuldades. Afinal os verdadeiros amigos não irão sumir quando passar por alguma dificuldade'.


Alguém duvida?



Infelizmente neste mundo o que não falta são pessoas sem caráter.



Muitas vezes há amigos que se travestem de bons moços, os 'gente boas', mas na verdade são daquelas mesquinhas que somente pensam no próprio ego, e que talvez por serem mimamos por pessoas despreparadas para serem pais (ou mães) acreditam fortemente que são o centro do universo.



São os despreparados criados por outros despreparados.



A única coisa que interessa a este tipo de 'pessoa' é que se for possível prejudicar quem quer que seja para que continue a viver, e sempre zombando do mundo que temos, ela o fará.



Para esta pessoa que possui ausência de caráter, somente existe ela , e seus interesses superficiais e supérfulos no mundo. Uma pessoa sem caráter não tem compromisso com nada nem com ninguém, e por isso se destruir alguma coisa, não se importa afinal sempre tem um brinquedo novo para ela.



Parece cômico, mas é igual ao caso de uma situação em que todo um pelotão de soldados marcham juntos após tantos treinamentos e da maneira correta, e um único soldado marcha errado, e ainda pensar (tendo centeza às vezes) que somente ele está marchando certo (o que não está acontecendo).



A este tipo de pessoa mesquinha, sem caráter, e desprovida de toda e qualquer humanidade deve-se combater, e se possível , o expulsar de nossos meios de convivência.



Tipos assim são incuráveis, e assim como um câncer dever ser retirado de nossas vidas.



Como um tumor e/ou câncer devemos é extrair de onde está, e não o manter por ser de estimação ou 'bonitinho'.



Na escalada não poderia ser diferente. Por ser um esporte pouco difundido e de prática pouco distribuída no país há problemas de representatividade perante o governo federal do Brasil.



Até mesmo 'escaladores' (que se encaixam na qualidade de pessoa descrita acima) estão jogando contra o próprio esporte. Isto tudo para que , assim como vários deputados e senadores , receberem a sua 'comissãozinha'. Tem um interesse muito maior de ganhar o dinheiro, ou poder, e a escalada, montanhismo ou esportes de natureza que deixem de existir. Nada mais 'terceiro mundista' do que isto!



Sim, há escaladores por meio de Federações pelo Brasil afora (alguns com grande renome), usando e abusando de 'laranjas' (algumas pessoas manipuladas por outros ou até mesmo por serem sem caráter) para que não se envolva diretamente que está apoiando com unhas e dentes as medidas da ABETA, que quer classificar (e regulamentar de maneira estúpida e ignóbil) a escalada como turismo.



Sim, eu sei que temos de viajar para praticar o esporte (em sua grande maioria), que não temos regras definidas para a prática com segurança, e outros pontos discursados pelos politiqueiros de plantão.



Porém vender a escalada para as ABETA da vida é a cristalização da imbecilidade no esporte.



A primeira medida a se tomar: se alguém souber, ou desconfiar que algum politiqueiro travestido de escalador que o isole politicamente e/ou até mesmo pessoalmente.



Que tal pessoa abjeta fique em sua solidão e que vá brincar com 'playmobil' seus planos de transformar a escalada e montanhismo em mais uma coisa burocrática que temos nos dias de hoje. Será mesmo que precisamos reinventar a roda?



Uma boa dica é identificar quem está defendendo com unhas e dentes esta verdeira idiotice de regulamentação como turistas citada em blogs e sites de escalada pela internet afora (leia mais detalhes aqui). Esta pessoa, ou este 'laranja' (pessoa que serve a serviços escusos de politiqueiros) que seja retirado de onde está, e que ganhe um cartão vermelho da comunidade.

P.S.: Texto copiado e apoiado, pego do site: http://www.altamontanha.com/

domingo, 1 de agosto de 2010

Tudo azul na Pedra do Sapo

Dia 31 de julho de 2010, seguimos para a Pedra do Sapo, fazer um passeio tranqüilo, tínhamos tudo mapeado e calculado seriam menos de seis quilômetros divididos entre estrada de terra e trilha, o grupo, formado pelos aventureiros Edson, Tom e Rodolfo, recebeu a companhia do Bruno e do Alexandre. Pegamos o ônibus às 8:30 para Manoel Ferreira onde descemos e seguimos por estrada de terra e, às 10:00, já estávamos lanchando em frente a casa que fica ao lado do inicio da trilha. Alimentados e descansados, subimos a trilha, com o grupo seguindo minhas instruções, pois eu havia feito o reconhecimento da trilha na segunda-feira, sem muitas dificuldades, às 11:00, chegamos a Pedra do Sapo, o céu estava todo azul, tínhamos uma incrível vista de toda a cadeia de montanhas da Serra do Mar, do litoral de Bertioga e de alguns trechos da Mogi- Bertioga, ventava muito e todos estavam emocionados com este belo espetáculo da natureza, espetáculo que pode deixar de existir se alguns poucos ignorantes não mudarem seus hábitos, parte da mata estava queimada devido a queda de um balão, e como ainda havia fumaça bateu a preocupação do fogo aumentar, felizmente este se apagou. Muitas fotos depois, comecei a montar o rapel do bico da pedra do sapo, este tem um negativo bem legal que assustou um pouco os iniciantes, desci primeiro para verificar tudo, logo após todos desceram, duas vezes cada um, resolvemos fazer uma pausa para o lanche e fazer rapel em outra parede, desta o Alexandre não desceu. Durante o rapel apareceram algumas pessoas para verificar a queimada, como estávamos no alto da pedra e elas foram logo embora não deu tempo para descer e conversar com elas. Às 15:00 reuni o grupo para planejarmos a volta e conferir e guardar o equipamento, decidimos buscar mais aventuras e voltar pelo caminho mais difícil, seguimos então por trilha desconhecida sentido ao KM 79 da Mogi- Bertioga, logo no começo um susto, o Tom que desci pela terra logo atrás de mim escorregou e derrapamos por uns metros na terra, passado o susto muitas risadas, pois saímos desta sujos mas ilesos, os demais desceram com mais cautela, seguimos a trilha, esta também é bem marcada e para minha surpresa após uma longa e difícil subida, passa em mesma altitude e a menos de 200 metros do pico que havíamos chegado no domingo anterior. Seguindo, a trilha tem uma grande descida, neste ponto a preocupação começou bater, pois ela seguia rumo a Esplanada, ao fim desta longa descida, tem uma bifurcação, pegamos a trilha que segue para a direita, seguindo sempre em frente, sentido a trilha que fizemos na nossa primeira expedição nessa região e fiquei mais tranqüilo, logo meus ouvidos detectaram o barulho de água, andamos um pouco mais e todos conseguiram ouvir também ficamos animados com a possibilidade de encontramos a Cachoeira do Sapo que eu até então só havia conhecido através de fotos e relatos do Jorge Soto. Apesar de já ser tarde o ruído de água aumentou consideravelmente e resolvemos sair da trilha procurar a cachoeira, pequena e bela, usufruímos de suas águas para nos refrescarmos e renovar nosso estoque, sem muito tempo seguimos em ritmo forte queríamos estar ao menos na outra trilha, que tanto eu quanto o Rodolfo sabíamos que era bem mais aberta, antes do escurecer, chegamos nela e logo escureceu, apoiados por lanternas seguimos chapinhando na lama e em alguns trecho encontramos alguns pássaros noturnos e um deles rendeu boas risadas, ao ouvir o barulho alguém quase saiu correndo, pouco mais a frente avistamos a casa do seu Geraldo, sinal que a trilha logo acabaria, chegamos por volta das 19:10 no ponto da balança e as 19:40 o ônibus chegou, fim do passeio.

sábado, 24 de julho de 2010

CIM 2010 - Agulhas Negras - Itatiaia - RJ





No dia 04 de julho de 2010, acordamos bem cedo, por volta das 06:00, para seguimos até o Pico das Agulhas Negras, com 2791 metros de altura, é o ponto culminante do estado do Rio de Janeiro e a oitava montanha mais alta do Brasil, suas formação rochosa, linda e de certa forma intrigante me impressionou muito, saindo o abrigo, cruzando o lago, seguimos uma trilha muito bem marcada e com vários indicações, estava muito frio e haviam varias poças congeladas, a trilha é bem tranqüila e segue fácil até a base da pedra, a subida pela pedra apresenta alguns trechos de chaminé e outros no qual tivemos que rastejar pelos vãos das pedras, quase no cume tem um lance legal aonde tem que subir até a altura do buraco e ir escorregando pela pedra até chegar na parte exposta, mas no geral não tem muita dificuldade, chegando ao cume é possível avistar vários pontos da região, tais como a Represa do Funil, a Serra Fina, a região de Visconde de Mauá, a vasta região do Vale do Paraíba, onde estão localizadas as cidades do eixo mais populoso do Brasil, o eixo Rio-São Paulo, e o Rio Paraíba, do qual origina o nome do vale. A subida devido a alguns imprevistos foi demorada, então não pudemos ficar muito tempo apreciando sua paisagem descemos por outro caminho, aparentemente mais fácil e com direito a alguns rapeis, devido a ausência de alguns instrutores, fiquei ajudando no rapel, todos gostaram da minha contribuição e se sentiram seguros com minhas instruções,  na base da pedra já estava escuro e ainda tinha um bom trecho até o abrigo parte do grupo decidiu ir na frente para organizar as mochilas, decidi ficar para trás para ajudar, apesar da escuridão a volta foi bem tranqüila, um céu bem estrelado pintava a paisagem da volta, e eu vindo um pouco a frente com o Roberto, (bom amigo e companheiro de trilha) nas pausas para esperar o restante do grupo, aprendia um pouco sobre estrelas e nebulosas, chegamos todos bem ao abrigo e logo saímos apressados para seguir viagem para casa, este foi o ultimo passeio do curso e espero ver todos novamente um dia, mas por enquanto é chegada o hora de sair conhecer as belezas da região do alto tiete.

Manual Itatiaia
Mapa Topografico Itatiaia

CIM 2010 - Prateleiras - Itatiaia - RJ



Dia 03 de julho de 2010, ultima saída do curso, o destino desta vez era o Parque do Itatiaia, um dos lugares mais bonitos que visitei no Brasil. Devido a alguns imprevistos, chegamos com duas horas de atraso ao abrigo, este tem de ser reservado pelo email parnaitatiaia.rj@ibama.gov.br com no mínimo dez dias úteis em relação à data desejada para ocupação, tem que chegar cedo também para fazer o confirmar os dados e entrar no parque, da entrada até o abrigo tem uma estrada de terra, mas normalmente tem de ir esse trecho a pé, chegando ao abrigo tivemos que nos apressar para conseguir seguir o cronograma, desta vez nos separamos em dois grupos, um subiria prateleiras pelo “cavalinho” e o outro seguiria por outro caminho que seria tranqüilo, eu estava no grupo que seguiria pelo mais difícil, seguimos em ritmo forte para prateleiras, uma magnífica formação rochosa com varias chaminés para se escalar, muito sacrifício depois chegamos ao cume aonde tem um “livro” para que os excursionistas pudessem registrar a sua passagem e deixar alguns pensamentos para os futuros visitantes, o outro grupo já estava lá, em outra parte do cume e não tiveram acesso até o livro. Com altitude de 2.548m, as Prateleiras são uma interessante formação rochosa muito procurada por montanhistas. Do seu topo descortina-se belíssima paisagem do vale do rio Paraíba do Sul. Possui várias vias de escaladas de diversos graus de dificuldade. Próximo às Prateleiras existem muitos lagos e curiosas formações rochosas como a Pedra da Tartaruga, a Pedra da Maçã e a Pedra Assentada. Após um merecido descanso, muitas fotos, um lanche revigorante, era hora de voltar, a descida foi tranqüila com direito a rapel em alguns pontos, os mais apressados e corajosos desceram escalaminhando as encostas, já estava escuro chegamos no abrigo, e lá para completar o belo dia de passeio, tivemos yakimeshi de jantar preparado pelo chef Edson (este que vos tecla), muito bem auxiliado pelos outros integrantes de grupo, com principal destaque para o sempre bem humorado coordenador do curso Pascoal, de quebra tivemos de sobremesa (feita com o esforço de quase todos) fondue de frutas com chocolate, tudo regado a muita descontração, foi um ótimo dia, tenho certeza que todos guardarão boas recordações.


 

segunda-feira, 19 de julho de 2010

CIM 2010 - Garrafão - Itamonte - MG













26 de Julho de 2010 o destino desta vez era Pico do Garrafão, este fica à 25km de Itamonte em uma altitude de 2.359m, do Garrafão avistamos  planalto de Itatiaia, Serra Fina e Marins-Itaguaré, é um ótimo lugar para acampar no fim de semana, segue se por uma estrada de terra sentido Alagoa até o sitio do Odir que vende um ótimo queijo a um preço bem barato, muito tranqüilo é considerado por alguns um lugar místico, tem vários caminhos para chegar ao seu cume a nossa missão era subir por um deles passar uma noite acampado no topo (ter que cozinhar no fogareiro auxiliado por uma head lamp é sempre divertido)  e voltar por outro caminho, atividade bem legal que melhorou nossa técnicas de orientação e colocou um certo desafio ao nosso passeio.


O  Garrafão está  entre os mapa de:
Pouso Alto e Alagoa.



CIM 2010 - Escalada basica - Pedra Bela -SP



19 de junho 2010, chegamos à Pedra bela na noite anterior e após uma aula básica da parte teórica de escalada, tivemos um jantar bem agradável com muita pizza, canjica e quentão, mesmo cansados ficamos até tarde curtindo uma fogueira antes de dormir, acordamos bem cedo para a segunda parte da aula, antes do café, todos prontos e alimentados tocamos para a pedra, para quem já escalou algumas vezes, essa vias não tem nem muita graça, legal foi ver o que o pessoal do grupo que nunca tinha escalado estava achando da experiência, rolaram alguns sustos e surtos mas no fim todos curtiram, ainda não conhecia Pedra Bela, muito bom saber que não muito longe tem um local com vias fáceis, ótimas para iniciantes, tem também outra atração, uma tirolesa com quase dois quilômetros de comprimento, que infelizmente não pudemos experimentar devido ao jogo do Brasil.

CIM 2010 - Serra do Lopo - Extrema - MG


18 de junho 2010, após algumas aulas teóricas sobre meteorologia, equipamentos, mínimo impacto e navegação, saímos para nossa primeira saida do curso, o destino seria a Serra do Lopo, um lugar bem fácil de chegar, seguimos de extrema por uma estrada de terra de subida bem íngreme, em frente ao estacionamento há um mirante no qual tivemos nossa primeira pratica em campo de navegação com mapa e bússola, após seguimos um breve trecho na estrada de terra e pegamos a esquerda a trilha que segue para o pico do lopo, a trilha começa fechada mas logo abre e é bem fácil de seguir, logo avistamos a Pedra dos Cabritos  da qual se tem ampla visão da represa de Joanópolis, da  Pedra das Flores e da Pedra do Cume ao mais ao fundo. Seguimos para a Pedra das Flores, nesta formação pode-se avistar a Cachoeira dos Pretos (154m de queda) acima de Joanópolis. No inverno há a floração do Amarílis, tingindo a pedra de vermelho num espetáculo de rara beleza, sua altura é de 1666m e nela tivemos nossa segunda pratica em campo de navegação com mapa e bússola, nosso destino final estava próximo a Pedra do Cume (Pico do Lopo).  No pico do lopo tem 360° de vista panorâmica é Indescritível! Realmente de tirar o fôlego e, em dias claros, sem nevoas pode-se avistar São José dos Campos e o Pico do Jaraguá, além de oito cidades, o pico tem altura de  1780m, missão cumprida, hora de retornar, o próximo dia nos traria mais surpresas agradáveis. 
P.S.: A carta da Serra do lopo pode ser encontrada em:

2010 - Ver tudo de forma diferente






O ano de 2010 começou sem muitas expectativas, parecia que seria outro ano em que eu não exercitaria meu lado montanhista, a pressão da faculdade e dos problemas, tornaram os passeios cada vez menos freqüentes neste ano, e com o estresse aumentando cada vez mais eu precisava sair da cidade, como estava sem companhia para isso achei que teria que encarar uma trilha qualquer sozinho, neste ano meus irmão não poderiam vir aqui nas férias, junho chegando eu sabia que para continuar a sair para esse tipo de passeio teria que melhorar meus conhecimentos como montanhista e fazer novas amizades, conhecer pessoas que também gostam de aventura e contato com a natureza, pois ainda me sentia inseguro para pegar uma trilha sozinho, foi quando através da internet soube que o pessoal do CEU organizaria neste período o CIM 2010, achei perfeito,topei logo de cara e aconselho muito para quem quiser começar nas atividades de montanhismo; fiz novas amizades, sai para conhecer vários lugares, escalei um pouco e adquiri novos conhecimentos. Agradecimentos a todo pessoal do CIM 2010, coordenador, instrutores, alunos e organizadores, espero logo estar junto com vocês em outro passeio.

domingo, 18 de julho de 2010

Novamente em Salesópolis - SP




 Dia 23 de novembro de 2008, depois de um bom tempo somente com idas esporádicas a ginásios de escalada, e com o projeto de conhecer os bouders do pontão de fortaleza que fica em Ubatuba – SP,  resolvemos treinar na pedra da represa, nosso maior interesse foi ver como ficou umas da vias da qual caiu um bom pedaço da pedra deixando uma área totalmente lisa o que modificou suas características, para mim foi bem legal porque além da tensão devido a este trecho mais difícil fiquei com a missão de subir limpando a via e descer no rapel, mas  no fim foi bem tranqüilo, mais um dia feliz de escalada. Valeu irmão pela força.

São Jorge - PR


Dia 13 de julho de 2008, fui passear no Paraná e quando me encontro com um dos meus irmãos o que fazemos? Vamos escalar. Então tocamos para São Jorge – PR, lugar legal com um belo visual para se apreciar, relaxar e algumas vias fáceis para escalar. O acesso é fácil e a caminhada é curta, subimos poucas vias porque estava tarde e para falar a verdade eu não estava muito bem esse dia, nada que atrapalhasse muito, tirando isso foi uma tarde legal e foi bom treinar um pouco nas pedras do local que agridem bem mais as mãos do que as pedras que eu já havia experimentado em escaladas anteriores.

Sitio do "Rod" - Lagoa Santa - MG




Dia 22 do novembro de 2007, sempre bem acompanhado pelos meus irmãos, partimos em busca de aventura, o lugar escolhido desta vez foi o sítio do “Rod”. A um quilômetro antes da Gruta da Lapinha está localizada uma área de escalada particular, dentro do sítio do “Rod”. O “Rod”, proprietário do local e escalador, foi o responsável pela criação deste point de escalada, tendo incentivado a abertura das vias conta atualmente com mais de 30 vias grampeadas, a maioria de curta extensão e com grau de dificuldade variando entre 4º e 7º.Além de uma área de escalada dentro do sítio, é possível chegar na Gruta da Lapinha em apenas quinze minutos de caminhada e até a Gruta do Baú em uma hora (a pé). O sítio fica também a cinqüenta quilômetros da Serra do Cipó, sendo uma boa opção para início ou fim da viagem de escalada pela região. O sítio também é uma ótima opção para aqueles que estão se iniciando nos prazeres da escalada. Além do grau de dificuldade das vias não ser muito alto, existe uma área para camping de boa qualidade (gramados planos) e as rochas estão a apenas 3 minutos de caminhada de onde se acampa. Como se só isso já não fosse bom, ainda há uma estrutura auxiliar de cozinha com cadeiras, mesas, geladeira e churrasqueira. A menos de cem metros do sítio existem mercearias (vendinhas) para pequenas compras e bares que servem comida caseira desde que solicitado com antecedência. E se depois de escalar bastante você ainda tiver braço, você pode tentar atravessar a piscina do sítio ou apenas dar um mergulho, com um pouco de sorte é possível até tomar uma sauna.Boas escaladas e espero que você goste do local.

P.S.: Acesso ao sitio do Rod:

O sitio está localizado na estrada que leva a Lapinha, mais ou menos um quilômetro antes da entrada da gruta, ao lado de um antigo cemitério. O ônibus que sai de Belo Horizonte ou Lagoa Santa para na pracinha, onde existe um bar, é só pegar a rua subindo em direção à gruta, logo após uma igreja do lado esquerdo está o portão do sítio.

Para ir de Ônibus:
A empresa é a Unir, a mesma que faz o trajeto Belo Horizonte / Lapinha. Seu telefone para informações de horários e tarifas é 0xx31-3661-1266.

Pedra da represa - Salesópolis - SP

Dia 17 do novembro de 2007, resolvi voltar a praticar atividades verticais, então seguimos eu e meus dois irmão para a pedra de salesópolis, lugar interessante para escalar, pois além de ser perto de Mogi, tem vias fáceis ideais para quem esta aprendendo ou retornando a pratica, a vista do alto da pedra é outro atrativo que vale a pena ser comentado. O acesso ao local é fácil, tem uma estrada de terra que vai até bem perto da base da pedra onde tem um sitio, (paga se uma taxinha para acessar a pedra da ultima vez nos custou R$ 3,00) depois caminhamos uns 300 metros e já estávamos na pedra.O dia foi bem proveitoso escalamos varias vias e pude relembrar os nós e os procedimentos para escalar com segurança.

sábado, 17 de julho de 2010

A travessia SP/RJ (trilha do ouro)

Começamos nossa viagem, no dia 13 de novembro de 2008, pegamos o ônibus das 14:30 com destino a São José do Barreiro, tínhamos programado sair no dia 12 às 5:00 horas, mas devido a alguns atrasos mudamos nossos planos; trocamos de ônibus em São José dos Campos, novamente em Guaratinguetá e finalmente as 21:30 chegamos a São José do Barreiro. Com espírito de aventura em alta e tendo como base alguns relatos de outros aventureiros resolvemos ir até a entrada do parque caminhando, pegamos nossa headlamp e seguimos rumo ao parque, sabíamos que teríamos 28 km estrada até o parque, o que não esperávamos é que fossem 28 km de subida, logo na primeira hora começou uma chuva forte e tratamos de procurar um lugar para acampar, de um lado só barroca e do outro barranco, a preocupação começou a bater, e foi nessa hora que a sorte demonstrou estar do nosso lado, sorte esta que esteve presente em vários momentos da nossa viagem, pois logo vimos à entrada de uma fazenda e a lado dela, um pouco acima, uma pequena área plana e limpa o bastante para acampar com segurança. Acordamos 5:00 tínhamos a intenção de sair dali antes de sermos notados pelo dono da propriedade, o que não foi possível, pois quando já estávamos enrolando a barraca o dono apareceu, cumprimentamos, pedimos desculpas por acampar em sua propriedade  e seguimos viagem , depois de muita subida chegamos a entrada do parque por volta das 13:00 aonde fomos muito bem recebidos, conversamos um pouco, pegamos mais algumas informações sobre a trilha, achamos um lugar para almoçar e seguimos até a cachoeira de Santo Izidro que fica a uns 2 km da entrada do parque, muito bonita e com um belo poço para banho, pena que estava frio, mesmo assim não resistimos e caímos na água, uns 4 km mais a frente outra cachoeira a das Posses, desta vez não entramos pois estava ficando tarde e a água estava bem mais fria do que na anterior, recomeçamos a caminhada as 15:00, seguindo em direção a fazenda barreirinha aonde passaríamos a noite, no caminho passou uma rural da fazenda que estava fazendo um passeio com algumas pessoas, logo mais pegamos um atalho e saímos de volta na estrada bem a frente deles, um pouco mais a frente um pequeno riacho cortava a estrada, este grande o bastante para não conseguirmos pulá-lo nos obrigaria a tirar os tênis, mas a rural que vinha logo atrás nos deu uma “carona”, mais a frente notamos que    cometemos um grande erro, não abastecemos os cantis, e conforme as anotações que tínhamos, um croqui bem desorganizado que conseguimos em São José do Barreiro, só teria um bom lugar para pegar água saindo um pouco da trilha, seguindo em direção a Fazenda do Veado, após alguma discussão pois já se passavam das 17:00 e logo escureceria ficou decido que eu, por estar fisicamente melhor preparado iria buscar água, me despi da mochila e com os cantis não mão sai em busca da água, no caminho choveu e uns 3 km de corrida depois encontrei o lugar para abastecer, tentei voltar correndo também, mas a essa altura já estava começando a ficar cansado, com os cantis cheios, seguimos viagem e mais a frente vimos uma placa indicando que faltavam 2 km, na verdade é mais,  a recomendação era ir sempre a direita nas bifurcações, como já estava frio e escuro o cansaço parecia ser bem maior, sabíamos que já estávamos próximos da fazenda e na ultima bifurcação ficamos na duvida pra que lado seguir, felizmente lembramos da rural localizamos seu rastro e o seguimos. Chegando à fazenda, que tem pousada (R$ 50,00), jantar (R$ 15,00), café da manhã (R$ 5,00) e o camping (R$ 5,00), o pessoal do passeio que estava conversando nos chamou para nos juntarmos a conversa, algumas risadas depois, decidimos pegar somente o café da manhã e o camping. No dia 15 após um café bem reforçado, por volta das 8:00 continuamos a trilha, o destino de hoje seria a cachoeira dos veados que fica a uns 14 km da barreirinha, foi uma caminhada tranqüila, apreciando muito a natureza e tirando varias fotos. Logo apareceu o calçamento original que da o nome a trilha, composto por grandes blocos de pedras colocados por escravos que utilizavam este percurso para levar o ouro no lombo de mulas até a praia, um pouco antes de chegar à cachoeira do outro lado do rio Mambucaba tem a pousada da Dona Estelina, aonde eu tive que voltar depois de curtir a cachoeira, como meu irmão torceu o tornozelo, acampamos em uma área que tem próximo a cachoeira, fato que eu me arrependi depois; tomamos banho no rio, água estava muito boa, devido a um problema no fogareiro tivemos que cozinhar em uma fogueira improvisada, voltando a pousada fiquei sabendo que tinha banho quente por R$ 5,00 e que ia chegar um grupo de mais de 20 pessoas vindo de Bananal, com o acampamento já montado resolvemos ficar ali mesmo e ir até a pousada somente para o café da manhã que também custa R$ 5,00. Algo que eu jamais imaginei, dormir ouvindo o som de uma queda d’água daquela magnitude foi realmente revigorante, só por isso já teria sido valido todo o esforço, e durante a madrugada a visão daquela cachoeira iluminada pela lua é algo que jamais vou esquecer, levantei apenas para ir ao banheiro, mas quando me deparei com aquela cena, me desliguei de tudo e fiquei um bom tempo apreciando, essas belas imagens são o que nos leva a saírmos do conforto da cidade encarar uma trilha assim. No ultimo dia de trilha voltamos até a pousada para tomar o café da manhã sem desmontar o acampamento, o pessoal do outro grupo já estava lá, fomos recebidos como muito bom humor e comemos todos juntos, nos convidaram para juntarmos ao grupo o qual recusamos porque sabíamos que cansados como estávamos seria difícil acompanhar seu ritmo, na despedida nos ofereceram uma carona do fim da trilha à vila de perequê; saciados voltamos para o acampamento, desmontamos e seguimos para terminarmos a trilha, segundo o croqui deveria ter uma segunda pinguela e na procura desta andamos um bom trecho em outra trilha, a preocupação começou a bater, pois nada de calçamento e cada vez mais nos afastávamos do rio, felizmente nos encontramos com uma pessoa do local que nos informou que aquela trilha era outra que seguia para cunha, que a pinguela que procurávamos não existia mais e a nossa melhor opção era voltar, ele nos acompanhou na volta; em um trecho mais raso do rio atravessou nossa mochilas com sua mula e nos instruiu sobre um atalho para voltarmos à trilha, de volta ao caminho certo teríamos ainda 18 km de descida bem difícil, mas com muitas belezas naturais para serem apreciadas, em termos de fauna e flora esse é o trecho mais bonito da trilha, besouros, cobras e lagartos eram freqüentemente avistados ao longo do caminho, e ao fim de uma subida, a trilha nos brinda com um trecho de onde é possível ver uma grande cachoeira ao longe, este também é o maior trecho de calçamento "pé de moleque" feito pelos escravos, a trilha estreita, cercada hora pela mata, hora por bananais, cobriu de limo a maioria das pedras o que dificulta a descida e a torna um pouco perigosa então uma boa dica nesta parte é arranjar algo para usar de bastão, pouco antes fim da trilha encontra se um riacho que é também a divisa dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro e mais a frente um descampado cercado por arame farpado dos lados formando um corredor, passando isso logo avistamos a ponte pênsil que é onde termina a trilha, onde também já se encontravam alguns integrantes do grupo que conhecemos nesta mesma manhã, aceitamos a carona oferecida na ocasião e seguimos de van para Perequê, passamos a noite em uma pousada lá mesmo, e no dia 17 cedo seguimos de ônibus para Parati, depois para São Sebastião e por fim chegamos em casa.